Papa Francisco: sempre à frente, até no carro!

Por: Joana Andrade Nunes
04/08/2023

Com um sorriso rasgado e uma presença que não deixa ninguém indiferente, o Papa Francisco demonstra, em cada gesto e a cada segundo, a sua Grandeza com tamanha simplicidade.

Elegeu o SUV da Toyota, um Toyota Corolla Cross (uma escolha que não é, de todo, inocente, pois é uma das marcas preferidas dos jovens) para se deslocar em Lisboa durante a JMJ 23.

Se conhece as regras de protocolo em viaturas, seguramente se questionou se o Papa Francisco não se terá “enganado” no lugar…

Sabemos que as regras de protocolo existem para que o caos não tenha lugar, para dignificar o momento e, de mãos dadas com o cerimonial, para cumprir o propósito do evento. Contudo, não nos esqueçamos que, no século XXI, o protocolo não teria um papel útil se implicasse que tivéssemos de nos “ajustar” a regras rígidas e inflexíveis. A principal regra de protocolo é, espantem-se… flexibilidade. O Protocolo do século XXI ajusta-se ao propósito do evento e ao espírito que o seu anfitrião lhe pretende conferir.

Ditam as regras de protocolo que, num carro com motorista, o lugar de honra (isto é, o lugar mais importante), é o lugar no banco de trás do lado oposto do motorista (à direita).

Apenas quando se trata de um carro sem motorista é que o lugar de honra é ao lado do condutor (condutor que não é motorista, reforço).

Mais uma vez, o Papa Francisco demonstra o seu lado “terreno”, de simplicidade, de proximidade que encanta crentes e não crentes.

E assim, num carro “comum”, no lugar da frente, de vidro aberto, tem espalhado magia por Portugal fazendo-nos sentir a nossa “pequenez” com tamanha simplicidade!

Seguindo a mesma linha de proximidade e “confiança” no mar de fiéis que fazem questão de o acompanhar, o Papa Francisco surge, nas ruas de Lisboa, no seu papamóvel sem a campânula de vidro à prova de bala.

Dizem que uma imagem vale por cem (ou mil) palavras… analisemos as imagens de Sua Santidade em Lisboa e refletamos nas suas palavras: um Papa e uma Igreja de todos e para todos, todos, todos…

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